quarta-feira, 2 de setembro de 2020

PF cumpre mandados na FMS para investigar fraude na compra de testes para a Covid-19

 

 


A Polícia Federal cumpre na manhã desta quarta-feira (2) dez mandados de busca e apreensão na sede da Fundação Municipal de Saúde (FMS) e em distribuidoras de material de proteção individual de Teresina. A operação batizada de "Caligo" faz parte da fase ostensiva da investigação. 

A investigação apura fraudes em contratos emergenciais entre a Fundação Municipal de Saúde (FMS) e duas empresas fornecedoras de EPIs, kit de testes IGG/IGM, insumos e equipamentos hospitalares para enfrentamento à pandemia causada pela Covid-19.

A PF fez busca e apreensão nas empresas Distrimed, na avenida Odilon Araújo, bairro Piçarra, zona Sul de Teresina, e na Fermaq, na avenida Miguel Rosa. 

A investigação da PF aponta que foram empenhados cerca de R$ 17.427 milhões, de março a julho deste ano, para a compra do material, valor que teria sido superfaturado em 419%. A PF estima que o lucro bruto obtido seja de aproximadamente R$ 4.500 milhões valor suficiente para a construção de um hospital completo de campanha.

As ordens judiciais cumpridas  têm o intuito de aprofundar as investigações acerca de irregularidade dos processos de dispensa de licitação, além de obter informações quanto ao recebimento dos produtos negociados entre as empresas e a FMS. A operação envolve a participação de 50 policiais federais e sete auditores da Controladoria Geral da União. Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara da Justiça Federal no Piauí. 

Caligo é um termo extraído do latim e significa névoa. A escolha do nome da operação deu-se em referência à ausência de publicidade de contratos,empenhos,pagamentos investigados nos  portais de transparência.

Cidadeverde.com entrou em contato, por telefone, com as duas empresas envolvidas na operação. Na Distrimed, as ligações não foram atendidas e na Fermaq, uma pessoa que não quis se identificar, informou que no momento não tinha como esclarecer os fatos e que depois eles iriam se manifestar. 

Dois mil testes rápidos


O superintendente da CGU (Controladoria Geral da União), Glauco Soares, informou ao Cidadeverde.com que no levantamento da instituição a Fundação Municipal de Saúde efetuou R$ 19 milhões de abril a agosto para as duas empresas de distribuição de material para a saúde.

Glauco Soares disse que a investigação será esclarecida na coletiva - às 9h - junto com a Polícia Federal, mas adiantou ao portal que sobre os testes rápidos estão sob suspeitos a compra de 2 mil testes rápidos, além de material como álcool em gel e oximetro ( aparelho que mede o nível de saturação de oxigênio ou os níveis de oxigênio no sangue).

A delegada da PF, que presidente o inquérito é Milena Caland. 


Fonte: CidadeVerde 

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