Para registrar um simples Boletim de Ocorrência o cidadão comum tem que viajar. “Eu venho e volto e às vezes não resolvo nada. Eu sou de Gilbués e tive que vir até Corrente para fazer registro da ocorrência”, disse a cozinheira Mauricleia Fialho.
Na cidade de Gilbués não existe mais delegacia. A unidade de segurança foi desativada há mais de dois anos e a casa onde ela funcionava foi demolida e tudo o que restou foi o piso e o alicerce. A situação é tão grave que o Fórum da cidade já foi arrombado pela terceira vez.
O delegado regional de Corrente, João Rodrigo Luna, afirmou que a situação é caótica e que a falta de perito atrapalha nas investigações. “Sem o profissional que coleta prova a gente sofre com o atraso na apuração de investigações e todo tipo de problemas nós temos por aqui”, contou.
Em Curimatá a delegacia fica trancada quando o delegado tem que sair em diligências para os três municípios onde atua e o agente o acompanha. No local a recepção e o pátio estão lotados de veículos apreendidos e quando têm presos na carceragem os presos são obrigados a irem juntos. “Tenho que levar os presos comigo quando vamos fazer diligências. Aqui não existe plantonista, ou seja, um policial que fique aqui quando eu saio para atender ocorrências”, denunciou o delegado Moisés Linhares.
O secretário de segurança, Fábio Abreu, reconheceu os problemas, que segundo ele são herança de gestões anteriores. “Estamos procurando analisar essas situações, principalmente a questão da estrutura física das delegacias. Já fizemos vários pedidos no orçamento popular para investimento na área da segurança”, relatou
Fonte: G1
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