Professores
e funcionários das escolas da rede pública estadual realizaram nesta
terça-feira (27) uma Assembleia para discutir sobre a manutenção da
greve geral da educação, no Clube do SINTE (Sindicato dos Trabalhadores
em Educação Básica Pública do Piauí) Zona Norte de Teresina. Segundo Paulina Almeida, presidente do SINTE, a greve é por tempo indeterminado até o governo aceitar a proposta de reajuste de 6,8%. Aproximadamente 700 pessoas participaram da reunião.
De acordo com o SINTE, cerca de 90% dos trabalhadores da educação de
todo o estado aderiram à greve. A paralisação dos serviços afeta as
escolas regulares e de tempo integral, como também, as escolas que
oferecem o ensino no EJA (Educação de Jovens e Adultos) que funcionam no
período da noite.
A categoria reclama da proposta de reajuste apresentada pelo Governo do
Estado, que é de um aumento no auxílio alimentação em vez do reajuste
salarial para o magistério de 6,85% e 3,15% referente a um reajuste do
ano de 2017 para professores e técnicos respectivamente. “No último
diálogo que nós tivemos com o governador, ele apresentou uma proposta de
auxílio alimentação trocado pelo reajuste e foi rejeitada, essa
proposta, no último dia 19, que foi uma Assembleia anterior a esta de
hoje", disse Paulina Almeida.
Os professores também protestam por condições melhores nas escolas.
Para o sindicato, a proposta do governo é irrisória. "Mesmo rejeitada, o
governador aplicou o golpe colocando no contracheque dos servidores
ativos e funcionários, um auxílio alimentação irrisório em forma de
esmola que não comtempla as nossas expectativas” explicou Paulina
Almeida, presidente do SINTE.
Paulina Almeida explicou ainda que a proposta gera distorções. “Com
auxílio, alguns funcionários recebem R$ 40,00, outros de R$ 30,00 a R$
34,00, professores recebem numa média de R$ 130,00 e por aí vai. Sendo
que, tem categorias que recebem até R$ 450,00. Quer dizer então que
alguns servidores se alimentam menos que os outros?", questiona.
Seduc
A Secretaria de Estado de Educação e Cultura (Seduc) disse em nota que
professores e administrativos receberão os salários relativos a
fevereiro com a primeira parcela do aumento. E que o retroativo ao mês
de janeiro será de auxílio alimentação para os administrativos.
Confira a íntegra da nota da Seduc:
Os
servidores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), professores e
administrativos em atividade, já receberão seus salários relativos a
fevereiro com a primeira parcela do aumento, equivalente a 3,4% para os
professores, retroativo a janeiro, e 3,14% para os administrativos, em
forma de auxilio alimentação. A medida se fez necessária tendo em vista a
atual impossibilidade do Governo Estadual de implementar esses valores
em folha.
“Somos
muito sensíveis à luta dos professores por melhorias salariais e
reconhecemos a importância dos aposentados que tiveram uma história de
serviços prestados à Educação, mas neste momento temos que pensar também
em nossos estudantes que não podem ser prejudicados com a falta de
aulas. Corríamos um grande risco de ultrapassar o limite prudencial da
Lei de Responsabilidade Fiscal se fizéssemos a implantação desse valor
em folha ainda esse mês. Por isso, de forma que os professores que
estarão em sala de aula não ficassem sem seu aumento de direito, optamos
por essa alternativa”, disse a secretária de Estado da Educação, Rejane
Dias.
Ela
também ressalta que a medida é temporária e o valor deve ser
incorporado ao vencimento no mês de maio, quando também deve entrar a
segunda parcela do aumento no piso dos professores. "Apesar do Piauí ser
um estado que já paga acima do piso nacional, tentamos cumprir com o
reajuste do MEC todo ano de forma a garantir que nossos professores
sempre tenham um ganho real sobre o salário", afirma Rejane.
Aposentados
e pensionistas da Seduc devem receber a primeira parcela do aumento em
maio, já incorporado à folha, tendo em vista que os mesmos não podem
receber auxílio alimentação.
Fonte: G1
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