O volume de brasileiros com contas em atraso e registrados nos cadastros de devedores segue alto. Segundo dados do indicador SPC Brasil e da CNDL, a estimativa é que o Brasil tenha 61,7 milhões de brasileiros com alguma conta em atraso e com o CPF restrito para contratar crédito ou fazer compras parceladas. O número representa 40,5% da população com idade entre 18 e 95 anos.
“A estimativa reflete o quadro de dificuldades econômicas que as famílias ainda enfrentam, com o alto nível de desemprego e a renda ainda comprimida. Mas não é só a conjuntura que explica fenômeno da inadimplência – em muitos casos, o descuido com as finanças leva à situação de descontrole e ao consequente atraso das contas”, afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro.
Entre os 30 e 39 anos se observa a maior frequência de negativados. Pouco mais da metade da população nesta faixa etária (51%) tinha o nome registrado em cadastros de devedores.
Também merece destaque a porcentagem significativa da população entre 40 e 49 anos (49%) negativada, da mesma forma que acontece com os consumidores com idade entre 25 a 29 (46%). Entre os mais jovens, com idade de 18 a 24 anos, a proporção cai para 20%. Na população idosa, considerando-se a faixa etária entre 65 a 84 anos, a proporção é de 31%.
Dívidas
O volume de dívidas em nome de pessoas físicas teve variação negativa de 1,20% na comparação anual, e de 0,40% na comparação mensal.
O volume de dívidas em nome de pessoas físicas teve variação negativa de 1,20% na comparação anual, e de 0,40% na comparação mensal.
O setor que apresentou a maior alta nas dívidas foi comunicação, com variação de 10,20%, seguido pelos bancos, que teve avanço de 2,31%. Já os setores de água e luz e o de comércio observaram queda de, respectivamente, 4,25% e 6,78%. Em termos de participação, os bancos detêm pouco mais da metade do total de dívidas (50%). Em seguida, aparecem o Comércio (18%); o setor de Comunicação (14%); e de Água e Luz (8%).
Fonte: Cidade Verde
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