sexta-feira, 20 de março de 2015

Defesa pede liberdade a acusado de matar a professora Cristiane e justiça nega

O desembargador Joaquim Dias de Santana negou o pedido de soltura de Emannuel dos Santos Soares, apontado como autor dos disparos que matou a professora Cristiane Melo da Cunha, 31 anos, em outubro de 2014, no bairro Morro do Pequi, município de Corrente, a 874 km de Teresina. 
Para conseguir o habeas corpus, o advogado Edson Luiz Guerra de Melo, alegou excesso de prazo na formação da culpa para a finalização da instrução processual. O pedido de liminar foi indeferido nesta terça-feira (17).
O acusado foi preso um dia após o crime -depois de ir ao velório da vítima- quando estava a caminho do município de Gilbués, um dia após o assassinato. 
"As pessoas o reconheceram através de fotos e não tiveram dúvidas de que ele seria o mesmo que teria assassinado a vítima. Ele foi ao velório e foi preso dentro do carro, quando estava saindo da cidade. Ele tinha certeza da impunidade e por isso não fez questão de se esconder, mas a Polícia Civil já sabia que ele era o principal suspeito", disse o delegado Rodrigo Morais, responsável pelo inquérito.
A defesa de Élida Pereira da Silva- apontada como mandante do crime- entrou com um pedido de habeas corpus, na semana passada. Ambos os processos tramitam em 2ª instância. 
Rodrigo Morais explica ainda que a denúncia oferecida pelo Ministério Público à Justiça apontou que o crime teria tido motivações financeiras. Élida Pereira devia uma quantia em dinheiro a Cristiane Melo. 
"Com a quebra de sigilo telefônico conseguimos identificar uma ligação em que a Élida pedia para que Cristiane diminuísse a taxa de juros. As investigações apontaram que o crime foi cometido por essa dívida", explica Morais.
Ainda de acordo com o delegado responsável pelo inquérito, os dois indiciados mantinham uma relação afetiva e meses antes do crime, a acusada teria pago fiança para conseguir a soltura de Emannuel dos Santos, preso em Barreiras, na Bahia, por tráfico de drogas. 
"Ela chegou a dizer ao pai do Emannuel que tinha que soltá-lo porque  Emannuel o ajudaria a resolver uma situação em Corrente, que seria bom para os dois", finaliza Rodrigo Morais.

 Fonte - Cidade Verde

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