segunda-feira, 25 de julho de 2016

Operação Déspota investiga mais um prefeito suspeito de manter empresas para fraude

O esquema de corrupção envolvendo prefeitos, empresários e pregoeiros no Piauí é muito maior do que se imagina. “Quase cem por cento dos municípios do Piauí fazem licitações dirigidas para contratar empresas que realizam obras públicas. É um negócio mesmo de compadres. O prefeito negocia com a empresa antes de realizar a licitação, depois realiza apenas as formalidades”, denuncia o presidente da Associação Piauiense de Empresários das Obras Públicas (Apeop), empresário Arthur Soares Feitosa Filho. Quem participa das investigações deflagradas (dia 14/07/2016) pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosa (Gaeco), do Ministério Público Estadual do Piauí, através da Operação Déspota, que prendeu o prefeito de Redenção do Gurguéia, Delano Parente, secretários municipais, advogados e empresários (dos 17 presos, 8 ainda continuam recolhidos ao xadrez), sabe que, até agora, o que foi revelado é apenas a ponta de um iceberg, cujo desdobramento será seqüenciado com base nos documentos apreendidos com ordem judicial nos escritórios e até mesmo através de conversas por WhatsApp nos telefones apreendidos na operação.
As investigações correm em sigilo, mas já se sabe que outro prefeito, que ainda se encontra em liberdade, teria cerca de dez empresas em nome de laranjas e negocia licitações em vários municípios do Piauí.
A reportagem do Portal AZ teve acesso a muitas conversas de whatsapp entre membros do bando preso. O Tribunal de Contas do Estado do Piauí já teria feito até o cruzamento entre as empresas de laranjas do prefeito. Elas são registradas em municípios diferentes para dificultar as investigações.
O Ministério Público do Estado prefere não revelar detalhes das investigações em andamento.
Fonte: Portal AZ

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